domingo, 29 de maio de 2011

15 A chegada em Los Angeles - Fim da Rota 66

11º dia na rota - o ultimo

Last Day ...

Bom, para nosso ultimo dia na rota 66, acordamos no mesmo bat horário e saímos na mesma bat hora, 8 e quebradinhos estávamos sobre as motocas rodando.

O caminho era óbvio, a rota 66, e para lá  Ronaldinho, Cezinha ( nosso guia GPSeiro), Billy, Alex e Rafael seguimos, infelizmente o restante errou o caminho (mesmo o Alex tendo ficado no meio da rua pulando a ascenando) e seguiram pela rodovia. Estávamos parados aguardando-os quando os vimos passarem direto sobre nós no viaduto ... o que fazer? Motocar!

E assim seguimos pelo caminho indicado pelo GPS. Acho que, como ainda era de manhã, o ?Cezinha estava com sono, etc., se deixou enganar pelo fdp e seguimos por um caminho errado.

A parte ruim foi errar 20 kms (40 se contar que tivemos que voltar), a parte boa foi que, sem querer, entramos no estado de Nevada, portanto, temos agora o direito de colocar a bandeira de Nevada no colete, pois lá rodamos de moto!!!!

Voltamos ao rumo certo e tocamos o pau.

Queriamos tirar fotos no “route 66” que aparece pintado na pista e desta forma, assim que vimos uma destas escritas na pista e percebemos que se tratava de um local de pouquíssimo movimento, paramos para tirarmos fotos.

Valeu a pena, pois não passava carro algum e pudemos tirar várias fotos, conforme poderam ver  no site do Cezinha e no Facebook do Ronaldinho.

Voltamos à rodovia e seguimos, pelo caminho certo – a rota 66 – pelo deserto.

A certa altura, no meio de lugar nenhum, havia o que foi uma construção uns 200 anos atrás, agora está destruída, pixada e cheia de cacos de garrafas.

Lá encontramos 3 integrantes dos “HESSIANS MC” dentre eles o Presidente. Paramos para fotos e um bom papo com os caras, todos gente finíssimas, mas tínhamos que seguir, pois os perdidos estavam muito mais à frente.

Quando estávamos saindo, vimos um triciclo tradicional, o segundo de toda a viagem.

Rodamos pelo deserto que no começo tudo é novidade, mas, depois de algumas milhas, tudo fica igual, e só nos resta ficar tirando fotos e trocar a estação de rádio.

Quando chegamos a Ludlow para abastecermos encontramos outros integrantes dos “HESSIANS MC”, com suas esposas, novo longo e divertido papo, além das clássicas fotos.

Nosso objetivo estava definido, chegar ao “BAGDAD CAFÉ”. Se você não sabe do que estou falando ... se mata!! RS

É um filme muito antigo e relacionado à rota 66, vale a pena comprar (não passa na tv), é meio parado, mas tem uma linda mensagem sobre amizade, companheirismo, respeito, entre uma alemã que não fala inglês e uma americana que não fala alemão.

Lá estávamos nós quando ... bummm ... lá estava ele, simples, discreto e formoso, senão fosse a fama e a placa, os transeuntes achariam que era outro restaurante qualquer.

O clima é mágico, mesmo para quem não viu o filme, não há como explicar.

Ao entrar, é como entrar no filme, o mesmo balcão, mesas, cadeiras velhas e bugigangas diversas em todas as paredes.

São camisetas, bandeiras, adesivos, luvas, certidão de casamento (isso mesmo), enfim, tudo grudado desorganizadamente em todas as paredes do pequeno bar que é dividido em dois ambientes.

Vimos bandeiras do Brasil, camiseta dos Comdores do Asfalto MC (Atibaia/SP), uma de um grupo de Taubaté, Road Kings MC (Niterói/RJ), etc.

É claro que não poderia faltar a camisa dos primeiros FALCÕES e do CARPE DIEN, e assim o foi, as duas lembranças ficaram, para a eternidade, presas nas paredes do famoso BAGDAD CAFÉ.

Já que estávamos num ambiente mágico, porque não comer algo diferente? Comemos todos o hambúrguer de búfalo ...
Nossos companheiros apressadinhos voltaram e nos encontraram no BAGDAD para almoçarem e voltarmos a rodar.

Cansamos de tirar fotos e, infelizmente, tivemos que ir embora.

Não antes de vermos o restaurante ser invadido por um enorme grupo de turistas franceses que, dentre outras coisas, tiraram várias fotos conosco.

Como sempre dizemos, motociclistas fazem parte da paisagem e, naquele contexto, foi um prato cheio para eles. Todos Garotas e garotos de mais de 60 aninhos...muito mais!!! Super animados e divertidos...

Aliás esta tem sido uma constante, várias vezes pessoas nos param e pedem para tirar fotos conosco, e isso é bem legal.

Seguimos com o objetivo de conhecermos a tal cidade fantasma que o Billy queria porque queria conhecer (até comprou um mapa e ficava falando “ó, veja bem, é fora da rota, vai ter que desviar, olha bem para não esquecer, tá vendo, olha direito” blá blá blá, e o primeiro Mac Donald’s.

Rodamos, saímos da rota e seguimos para a tal CALICO, a cidade fantasma.

UMA FRAUDE ABSURDA, PERDEMOS TEMPO E DINHEIRO.

Bom, vamos lá, já que estamos na tal “cidade fantasma”.

De fantasma, só o nome, nunca vimos tantos turistas, parecia a Disneylandia do deserto.

É uma vila com uma mina e tentam nos fazer acreditar que aquilo é algo legal.

NÃO VALE A PENA, PAREM NA OTMAM, É MIL VEZES MELHOR E DE GRAÇA.

Ah sim, pagamos U$ 6,00 para entrar.

Bom, passeio é passeio e nada é perdido, então ... vamos tirar fotos e comprar bugigangas.

Para não dizer que foi totalmente perdida, nos divertimos numa loja que vendia armas e outras coisas de índio. O rafa pra variar comprou um 45... Vai gostar de arma assim la na cidade fantasma...heheheh

Voltamos para a rota 66 e, para variar, pegamos muito vento lateral, pelo menos vinham de um só lado, então era só deitar a moto, tirar a bunda do centro e pensar que você está velejando numa Harley.

Daí para frente foi complicado, pois a rota 66 se mistura, e muito, com a I40, e acabou que passamos batidos pelo tal Mac Donald’s.

Com o passar das milhas, ficou fácil perceber que estávamos chegando em Los Angeles, o trânsito ficou uma zona... meio Sampa com Rio de Janeiro.

A rota 66 perdeu-se em algum lugar no meio de lugar algum com nenhum lugar e chegamos à cidade no meio do caos.

Sim, é domingo e???

Não há limite de velocidade, parecia que estávamos na Alemanha (onde você pode dirigir em velocidades que em outros países te mandariam para a cadeira elétrica), carros de todos os lados, 5, 6, 7, 8 pistas, etc.

Imagina a quantidade de carros da radial leste mais o da marginal Tietê todos na marginal pinheiros a 130, 140 kms/h.

Tínhamos que chegar no píer de Santa Mônica, e para lá o GPS tentava nos levar.

Fomos, aos poucos, vencendo o trânsito maluco e, enfim, chegamos ao píer.

E agora? Não tínhamos onde parar e nem sabíamos onde o faríamos.

Vimos um estacionamento e o Cezinha foi perguntar, em inglês, claro, o que devíamos fazer. O atendente respondeu em inglês e emendou “conheço esta bandeira”, em bom e claro português do Brasil.

Dai foi fácil, ele nos explicou que a placa do fim da rota 66 fica no meio do tal píer, onde só se chega de bicicleta ou a pé, resolvemos dar uma volta no quarteirão, mas vi duas motos paradas na esquina e quis ajudar.

Quando o fiz, vi a bandeira do Brasil enrolada no sissi bar e, eram mais brasileiros perdidos.

Demos a volta no quarteirão e nada de lugar para parar. De volta ao estacionamento onde o brasileiro trabalhava, também não dava para entrar porque estava cheio.

O jeito foi dar outra volta no quarteirão e parar num recuo para fotos e abraços.

Foi muito gratificante para mim (Cezinha) todos virem me cumprimentar e parabenizar por tê-los guiado pelas quase 3 mil milhas.

Tivemos que sair meio que às pressas porque a polícia já estava dando sinais para vazar mos.

Sorte termos visto a viatura, pois o Alex já ia mijar na beira da pista, daí ia ser cadeia com certeza hehe.

Ultimo passo, ir para o hotel.

Ligamos para o Binho e ele nos passou o endereço. Coloquei no GPS e fomos para lá.

Ele nos mandou para o meio de lugar nenhum, era um local cheio de armazéns.

O Cabra da pexxxxte havia acertado a rua, mas errado a cidade.

Endereço correto dado, fomos ao encontro deles.

Ao chegarmos, nova surpresa, havia acabo a luz do hotel ...

Acabamos nos hospedando no Best Western por U$ 100,00 o quarto.

Nem banho tomamos, apenas colocamos mais blusas (havíamos passado frio o dia todo) e fomos jantar.

O de sempre, texano, pedimos costelas e veio meio boi com o infeliz molho barbecue (BBQ), que deixa a carne adocicada e picante ...

Bom, o negócio foi comer e voltar para o hotel, ter uma merecida noite de sono.

Por hoje é só.
e tb