domingo, 22 de maio de 2011

8 Rota 66 - Fugindo do Tufao-- saaaiiii da frente

4º na rota

Até que enfim um dia “normal”, ou não!!!

O Ronaldinho é meu vizinho, comprou um terreninho lá no hotel que ficamos em Springfield, não é uma fazenda como a minha, mas tem piscina, etc., RS

Como, em todos os dias, acordamos às 6:30hr., meu corpo doía pelo acidente e minha cabeça pela ressaca!

Bom, tinha que comer algo, pois estava estragado. Arrisquei e peguei um hambúrguer (apenas a carne), como tudo, havia pimenta, mas era muito gosto e comi três. É óbvio que isso teve repercussão intestinal horas depois ...

Tudo pronto, partimos às 8 e pouco, estávamos no Missouri, e todos queriam acelerar um pouco.

Tá ai um problema que está surgindo no grupo, prazos. Hoje tive que ser um pouco “claro” e dizer que não há como estabelecer prazos numa viagem como essa, ou seja, “X” quilômetros por dia, pois tem momentos que rodamos por horas a fio sem nada para fazer, e, do nada, aparecem lugares que temos que parar para fotografar, conversar, etc.

Isso já havia sido discutido anteriormente e todos entenderam, mas precisei lembrar isso (ao Zé Armando) hoje novamente.

Bom, voltamos à rota e por ela rodamos muitas milhas até encontrarmos GARY TURNER, é um local que é a cara da rota 66, com tudo sobre o tema e o mais importante, o Gary.

É um senhor que passa o dia explicando pacientemente para todos os que por lá passam sobre a Rota 66, até nos fez um mapa a mão para nos indicar uma ponte (a mais antiga da rota) que devíamos passar sobre ela e outros detalhes.

Após um bom tempo de conversa com ele e muitas fotos, partimos na ânsia de chegar ao Kansas.

Infelizmente, talvez porque não estamos na rodovia, não passamos nenhuma vez por placas de divisa de Estados, portanto, do nada, percebemos que já estávamos em Galena, no Kansas.

Neste Estados não encontramos muitas placas indicando a Rota 66, mas há uma espécie de carimbo dela na própria pista, o que nos ajuda e muito a nos mantermos nela.

A passagem pelo Kansas foi muito rápida mas inesquecível, pois encontramos alguns personagens do filme CARROS.

Até que enfim, o Billy parou de me encher o saco perguntando sobre isso!!! RS

É claro que os marmanjos se esbaldaram tirando fotos, entrando no carro, etc.

Voltando para a Rota, passamos por várias cidades, algumas médias, mas a maioria pequenas, muito pequenas, tão pequenas que senão fosse a placa mandando diminuir a velocidade, nem perceberíamos que estávamos passando numa cidade.

Assim como não vimos que havíamos entrado no Kansas, também não percebemos que já estávamos em Oklahoma (famosa pelos tufões).

A paisagem muda visivelmente, são planícies que vão até onde a vista alcança e, com isso, o vento lateral, frontal, etc., é constante e muito forte.

Haviam momentos que apertávamos o cabo e a moto era segurada pelo vento frontal, outras horas andávamos de lado para compensar o vento.

Foi meio tenso, mas não tivemos nenhuma intempérie.

Ah, já ia me esquecendo de comentar, a quantidade de pequenos animais mortos na beira na estrada. São centenas deles, tatus, gambás, esquilos, cobras, etc.

Achei um lava rápido aberto (hoje é domingo e quase tudo esta fechado), e bem do lado tinha um Pizza Hut, juntamos o agradável ao necessário, pois já passava do meio dia e eu precisava tirar todo o barro que ainda estava grudando na minha moto.

Comemos pizza americana (bem diferente da nossa) e lavei a moto. Neste momento um dos hamburguês do café da manhã clamou por liberdade e eu o deixei em Oklahoma!!!

Voltamos para a rodovia e percebemos a falta de informes sobre a rota 66, ao contrário dos outros Estados, a clássica placa é muito escassa, aparece apenas uma placa branca informando leste ou oeste 66. Triste isso, pois a rodovia corta todo o Estado e merecia um pouco mais de consideração.

Após várias milhas, achamos a ponte indicada pelo querido Gary e, é claro, desviamos o caminho para passarmos nela.

Já era prá lá das 5 horas quando, numa curva qualquer, no meio do mato, vi um boteco e várias motos lá.

É claro que retornamos.

Pensa num boteco de motoqueiro de filme, era lá.

Todos foram extremamente gentis conosco e ficamos conversando por muito tempo sobre tudo, a conversa fluiu facilmente porque a maioria deles já estava prá lá de Bagdá e entendiam totalmente nosso imgreis macarrônico.

Tiramos fotos, fiz filme, demos adesivos, ganhamos novos amigos no facebook, e partimos, ah, alguns de nós não agüentaram e tomaram algumas Buds.

Assim que entrei na pista de volta vi uma cobra viva na rodovia.

Desci para tirá-la de lá e jogá-la no mato mas, infelizmente, ela havia sido atropelada e estava toda estrupiada, mesmo assim a peguei e coloquei novamente no mato e seja o que Deus quiser.

Com o avançado da hora procurei no GPS um hotel mais próximo, ele me indicou outro Best Western aqui em Stroud/OK.

A senhora da recepção (não muito gentil), informou o preço de U$ 79,00 mais taxas, pedi desconto e ela disse que já estava com todos os descontos, que o café da manha seriam mais U$ 5,00 e que tinha internet no quarto.

Bom, preço dentro do padrão, vambora.

Já tomados banhos e enrolando, ela nos chamou e informou para guardamos as motos em local seguro, pois um tornado estava a caminho.

PÂNICO GERAL pois nenhum de nós sequer viu um tufão.

Bom socamos as motos num corredor sob as escadas e até cogitamos de colocá-las dentro dos quartos (com a aquiescência dela, agora já mais simpática depois que eu puxei assunto com ela).

Acertamos as motos e fomos para fora ver as nuvens que faziam um desenho jamais visto por nós.

Dá para ver o peso e acumulo delas.

Colocamos a tv no canal do tempo e ficamos acompanhando, ansiosos, infelizmente (ou não), os tornados se dissiparam e só destruíram Joplin, uma cidade na qual passamos no meio do dia de hoje...

Alguns resolveram sair em busca de comida, o Billy saiu não sei para o que, mas pedi para todos que, se achassem, que me trouxessem emplasto ou algum tipo de antiinflamatório, pois meu pescoço tá doendo para caramba.

Ah sim, tem um casal hospede aqui no hotel, ele com uma Walkiquie e ela com um spyder personalizado, são os Baker’s de Friendswood – Texas.

Conversamos para caramba, ele tem um amigo que já morou em São Paulo e também é motociclista, que anualmente faz um churrasco texando no mês de abril que, neste ano, reuniu mais de uma centena de pessoas, incluindo alguns canadenses ...

Por enquanto, vamos dormir para acordar cedo e motocar mais um pouco até o Texas.

quanto aos outros hamburgeres ... nem queiram saber!!

Acompanhem também histórias e mais fotos no site do Cezinha http://cezinha-carpedien.blogspot.com/2011/05/4-na-rota.html
abs mil
Expeditiongroup - by Cezinha ( nosso redator )