DOMINGO
– 06 de Janeiro – nosso 5º dia
Havíamos
sido orientados pelo guia sobre o nome e cor de bandeira do nosso guia de hoje,
bem como dos horários de ônibus, encontro com o guia, etc.
E
curiosamente tudo correu perfeitamente, no horário combinado encontramos nosso
guia ZEVERINO (ou algo parecido) e sua bandeira dourada.
Nosso
grupo era relativamente pequeno, não mais que 15 pessoas, mas a entrada do
parque é uma torre de babel, com centenas de pessoas e idiomas e, é claro,
vários brasileiros.
É
algo lindo e mágico, ainda mais quando o guia começa a explicar a história do
local, detalhes diversos, etc., mas não senti a “energia do lugar”.
Começamos
o passeio por cima e fomos descendo devidamente informados sobre cada detalhe
da cidade.
Dica
do passeio – compensa contratar um guia.
Ficamos
passeando por toda a manhã, mas valeu cada passo pois a arquitetura do local é
inexplicável.
Cansados
de andar voltamos à cidade e passamos no hotel para buscar nossas malas, depois
voltamos ao mesmo restaurante de ontem a noite para almoçarmos.
Como
faltava muito tempo até a saída do nosso trem para Cuzco, fomos a um
camelódromo local para comprar souvenirs e enrolar um pouco. Neste colocal
pechinchar é uma obrigação e há prata (ou algo parecido) aos montes.
No
horário marcado partimos de volta mas, ao contrário da ida, estava de dia e
pudemos apreciar toda a viagem.
A
vista do trem é maravilhosa e ele vem quase todo o tempo ao lado de um rio
muito, muito bravo. Em certos momentos passamos por cidades, tuneis, pontes,
etc.
Um
ponto merece ser citado – em dado momento, não sei porque, o trem parou e
apareceram uns meninos, todos aparentando menos de 10 anos e chamou muito a
atenção, pois eles vieram nas janelas e gesticulavam pedindo comida.
Foi
uma cena de partir o coração e lhes demos o que podíamos, comida, moedas,
cédulas, etc.
Curiosamente,
nas poltronas atrás de mim estavam 8 garotas (pelo sotaque eram inglesas), e ao
virem os meninos ficaram agitadas e uma delas jogou coisas para as crianças.
Mas
me chamou muito a atenção o jeito que ela jogou, não foi como nós que colocamos
a mão para fora para mirar nas mãos das crianças, ela arremessou de dentro, com
um tipo de nojo misturado com medo, sei lá, só sei que fiquei incomodado com
aquilo e fiquei pensando sobre a realidade de cada um de nós.
Amanhã
acordaremos cedo para continuar nosso passeio, o objetivo é chegar a Puno e
conhecer o lago Titicaca.
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