sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

04 01 2013 Chegando em Cuzco...


3º Dia

Boa noite amigos (ou madrugada, sei lá)

Estamos em Cuzco (ou Cusco) e a palavra de ordem do dia foi ADRENALINA.
Nunca fiz tanta curva na minha vida, capaz de cair da cama se sonhar com isso.
Mas antes, acordamos e após o café da manhã e motos montadas partimos para a estrada, abastecemos num posto bem sem vergonha, o primeiro de vários outros.
Estrada, como ontem, linda, limpa e sem nenhum buraco, não demorou muito para encontrarmos garimpos à beira da estrada, são mini cidades, bem precário e sujo.
Não demorou para começarem as placas informando a possibilidade de desmoronamento de pedras, uma constante até aqui.
Fomos abordados por militares que, na verdade, só pediu documentos para o Guli (talvez por ser o único com cara de suspeito kkk),o milico que me abordou só perguntou de onde eu era e ainda tiramos fotos juntos.

A estrada era mais do que linda, era maravilhosa, serpenteando um grande rio bravo e com muitas pedras.
A quantidade de pontes é absurda, e me fez pensar como era antes delas serem construídas, devia ser duro cruzar o rio com carro, moto, etc.
Cruzamos também por centenas de pequenas vilas, todas muito parecidas e com muitas, muitas crianças.

E ai temos um ponto que merece destaque – AS CRIANÇAS – todas, sem exceção, são muito simpáticas e sorridentes, acenam enfim, uma graça.
Infelizmente pude constatar que esta alegria vai sumindo com a idade, os jovens são relativamente simpáticos e os idosos chatos para cacete, até mal educados.

Acho que é a dureza da vida que vai moldando-os, pois não vi alegria nos olhos dos idosos, pelo contrário, são pessoas sofridas, cansadas, judiadas.
É triste saber que aquela criança feliz da vida, em breve, será um velho sofrido ... mas é a vida ...
Voltando ao passeio, gastei a máquina tirando fotos e tenho certeza que não registrei tudo o que devia.
Curva vai, curva vem, e a altitude começou a aumentar, em questão de poucos quilômetros estávamos a 4 mil metros de altitude.
Por sugestão do Guto pegamos sachê de chá de coca e colocamos na boca, para evitar o mal da altitude (soroche).
Quando o GPS marcou 5 mil metros, eu estava morrendo, há ar, não há é oxigênio, não dá para explicar, descer e subir da moto gera um cansaço anormal.
Também passei a ter dor de cabeça, e o Ronaldinho (filho) chegou a vomitar.
Também estávamos sem comer e já estava tarde, paramos então no Distrito de Ocongate onde almoçamos no luxuoso restaurante “La Casa de Xiomara”.
Pensa numa boqueta, é lá, pedimos frango a milanesa, batata frita e arroz. O arroz era intragável, a batata comível e o frango tinha gosto de peixe, talvez porque a cozinheira/proprietária use o mesmo óleo e panela para os dois...
Mas nada como a fome, comemos, melhoramos e tome curva.
Antes de chegar a Cuzco passamos por várias barragens, pedras na estrada, trechos interditados onde só passava um veículo por vez, e curvas que pareciam rotatórias, o Guli (fazedor de curva que é uma beleza), chegou a raspar o baú lateral numa delas.
Depois de rodar o dia todo chegamos a Cuzco!
A entrada da cidade é horrível, bairros feios, carros para todos os lados, buzina, buzina e mais buzina, ô povo que gosta de buzinar, pqp.
Como o Ronaldinho só sabia que o hotel era perto da “Praça das Armas” no centro históricos, para lá rumamos.

Esta tal Praça das Armas é linda, com algumas igrejas ao redor e várias lojas.
Paramos as motos em frente à Catedral e chamamos a atenção dos transeuntes e turistas que tiravam mais fotos das motos do que das igrejas ao redor.
Depois de muito perguntar sobre o nosso hotel, pedi ajuda à “Policia do Turista” e um casal de policiais não só adivinharam o hotel que queríamos como nos escoltaram até ele.
Coisa fina!
O hotel é bem ajeitado e pertinho da tal praça.
Já acertamos e pagamos o passeio de amanhã e depois (Aguas Calientes e Machu Pichu), saímos para um passeio pela praça e agora estamos numa pizzaria aguardando uma pizza há 1 puta tempo (eu baixei as fotos, arrumei-as, e redigi todo este texto, e nada da redonda).
Depois é cama, porque estamos quebrados.
Mas amanhã tem mais.
Abraços.
Cezinha



Ah, esqueci de dizer ontem, o “alívio cômico” da viagem é o Guli que nos mantém rindo o tempo todo com tudo, notadamente seu espanhol macarrônico, por exemplo, ontem ao comprarmos o seguro ele perguntou ao cidadão se ele aceitava “cartón”, e ficou insistindo “cartón, cartón”.

Eu podia ter ajudado?? Sim, mas ai perderia a graça kkkkkk depois de muito gesto, etc., eu expliquei que cartão de crédito em espanhol é tarjeta e o cara disse que não aceitavam

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