PROJETO CARIBE
VENEZUELANO 2012
Concretizados os projetos USHUAIA 2005 (via costa Atlantico e
Ruta 40) , ATACAMA 2007 (via Argentina), USHUAIA 2008(via Chile-Costa Pacifico), PANTANAL 2009, BOLIVIA-MACHU PICCHU-ATACAMA 2010 e USA/ROUTE 66 em 2011 ,
três amigos do FALCÕES MOTO CLUBE–RAÇA LIBERTA , Rafael Alboredo(47), Paulo
Sermarini (40)e Zé Armando(60), vão
levantar voo em direção ao Caribe, no próximo mês de Agosto, carregando as
bandeiras dos FALCÕES e EXPEDITION GROUP(grupo independente de mototurismo).
Apoiados pela experiência de Marcelo Santos (BR-116 de
Guarulhos) e de Renato Lopes (Gaudérios-RS), este ultimo através de seu
fantástico livro “ DE MOTOCICLETA PELAS CARRETERAS DA AMERICA DO SUL-13 PAISES
EM 63 DIAS”, definimos o prazo disponível compatível com trabalho e a época
ideal, considerando-se a incidência de chuvas, e semeamos este projeto para
Agosto 2012.
Originalmente faríamos 100%
do trajeto, desde o estado de SP, rodando sobre as duas rodas(paixão comum),
mas as pesquisas indicaram atraso no fim das chuvas na região Amazonica, o que
nos impediu de trafegar, com segurança, no trecho Porto Velho-RO a
Manaus-AM(BR 319).
Assim ,refizemos os
planos, decidindo pelo despacho das 3 motos(V-Strom 650, BMW 1200 ADV e Honda
Transalp 700) encaixotadas, via transportadora, de Guarulhos a Manaus,1 mês
antes, pois a empresa responsável requer este prazo para entregar as cargas, já
que a carreta segue via terrestre até Belem-PA e via fluvial ,embarcada em
balsa , até Manaus-AM.
Um dia antes de nossa partida , voaremos de Guarulhos a
Manaus, retirando as motos no deposito da empresa transportadora e iniciaremos
nossa expedição pela BR 174 em direção a Boa Vista-RR , cerca de 800 km
passando pela reserva indígena WAIMIRI
ATROAR, que está nos limites dos estados de Amazonas e Roraima.
Já em seguida e apenas 227 km acima da capital de Roraima,
estaremos cruzando a primeira fronteira(Pacaraima-RR)-Santa Helena Uiaren-VEN),
adentrando nossa vizinha Venezuela,
tendo como meta a cidade de Puerto La
Cruz (cerca de 1700km), onde embarcaremos com nossas motos para Ilha Margarita,
já no Caribe Venezuelano, onde vamos permanecer por 2 ou 3 dias, nosso único
repouso,pois dali é que vem muito chão, já em direção Sul, cortando a
Venezuela, Colombia, Equador e Peru(vejam abaixo o roteiro básico).
De Lima, desviamos em direção a Cuzco, para conhecermos a
nova ligação com o Brasil, a rodovia Transoceânica, que vai até o Estado do
Acre, seguindo-se para a capital Rio Branco, depois Porto Velho-RO, Mato Grosso
e voltando para casa, num desafio de apenas 3 semanas.
A intensidade dos preparativos, somado à euforia e
expectativa, tomaram nossos pensamentos nos últimos 6 meses, com muita
pesquisa, conversa e negociação.
Foram muitas iniciativas para
reunir a documentação (CNH internacional-veja validade, carteira de vacinação
contra febre amarela, passaporte- veja validade, cartão de credito
internacional (cuja operadora deve ser informada antecipadamente do roteiro e do
período da viagem, para evitar bloqueios), seguro assistencial,cartão travel
money (para evitar riscos em transportar dinheiro em espécie),documento da
CIRETRAN com o “ nada consta” (bloqueio legal,roubo,alienação,etc) da
moto,autorização de transito (autenticado) expedido pelo proprietário do veiculo,
quando estiver em nome de terceiro,
autorização da entidade financiadora do veiculo quando estiver
alienado, extensão de perímetro do seguro das motos, um verdadeiro
quebra-cabeças com o que chamamos de carta verde(exigida por acordo no
Mercosul), mas que lá pelo norte da America do Sul é denominado SOAP (seguro
obrigatório por acidentes pessoais a terceiros), pago à entrada dos países que
o exigem. Importante portar cópias do passaporte(onde consta a identificação do
piloto), do documento da moto e da CNH internacional, que são exigidas nas
aduanas- veja quantas vão passar(muitas vezes a noite e principalmente em
finais de semana, a copiadora que serve aquele posto fronteiriço está fechada
ou o equipamento fora de operação).
Além da documentação, há que se preocupar com a revisão
completa das motos, que seguem com pneus zerados para percorrer(talvez) os
quase 14.000 km previstos, grande parte sobre a Cordilheira dos Andes.
Os
equipamentos de segurança dos pilotos merecem atenção especial, lembrando ainda
que as condições climáticas se modificam
abaixo e acima da linha do Equador, com significativas diferenças de
temperatura, exigindo cuidados especiais na montagem da bagagem para verão e
inverno , que será acomodada em restrito espaço nas motos.
Indispensável discutir
as peças e ferramentais
comuns aos modelos das motos que
estarão viajando juntas, visando a racionalização no peso e dos componentes de
reposição .
Os mapas e roteiros pré-definidos, bem como o GPS atualizado
, serão de grande valia para o sucesso da expedição.
De acordo
com as possibilidades e recursos locais, estaremos atualizando este blog
durante a viagem.
