sábado, 5 de janeiro de 2013

05 01 2013 Passeando por Cuzco até a hora do Trem p Machu


4º Dia

Já não sei como cumprimentar, pois aqui são 19:45h e em São Paulo 3 horas depois.

Além do mais, estou digitando dentro do trem para Machu Picchu e até achar internet, conectar, subir, etc., sabe Deus que hora será ...

Bom, nosso 4º dia foi dedicado ao ócio.

Acordamos relativamente tarde, ficamos enrolando pois o Ronaldinho havia acertado com a guia de turismo para nos encontrarmos lá pelas 10 da manhã para acertarmos os detalhes do passeio.

Ela chegou, fizemos câmbio de moedas e acertamos para sairmos de carro de Cuzco às 15:30hrs. com destino à Ollantaytambo onde pegaríamos o trem.

Ela foi gentil e nos levou à loja no centro que depois voltaríamos.

O dia amanheceu chuvoso, horrível, e eu sai de tênis, com a roupa que viajaria à tarde.

É claro que não demorou para que o tênis começasse a molhar e fiquei com medo de encarar o frio com os pés molhados, lembrei-me de umas das mais importantes lições que aprendi no CIGS – manter os pés sempre secos.

Paramos numa farmácia e comprei camisinhas para colocar sobre as meias, claro que todos ficaram espantados primeiro, e logo depois constrangidos, pois só tinham camisinhas tamanho padrão, não tinham tamanho grande (o que para nós é normal ... porque? Para você que está me lendo não é??? Kkkkk)

Enfim, depois de alguns desperdícios, acabei conseguindo encapar meus pés com preservativos e saímos a passear.

Como não tínhamos porr**** nenhuma para fazer, andamos sem destino até o meio dia, quando almoçamos num restaurante de fronte à Praça das Armas.

Todos escolhemos massa e ficamos jogando papo fora. De sobremesa fomos à Meca dos gordos, o Mac Donald’s onde comemos casquinha e sundae.

O pé do Guli também começou a molhar, e o Ronaldinho pensou em buscar seu notebook no hotel para usá-lo à noite. Decidimos então voltar ao Hotel para colocarmos botas e pegar o computador.

Tudo muito devagar, pois é incrível como ficamos cansados por nada graças à falta de oxigênio.

Eram 15hr quando chegamos à agência de turismo e ficamos aguardando nossa guia que atrasou para caramba.

Enquanto isso ficamos batendo papo com um casal da agência, vendo vídeos, etc.

A fofa apareceu e nos levou à um carro que nos levaria ao trem.

Foram umas 2 horas de sofrimento dentro do carro, pois o motorista, típico peruano, buzinava por qualquer coisa e dirigia como louco nas várias curvas do caminho.

O que compensou foram as paisagens, realmente de tirar o fôlego até de um viking como eu.

Tiramos fotos para caramba e, ao cruzarmos a cidade de Qosqoayllu tudo parou pois havia uma proscrição que passava bem na praça principal que estava no nosso caminho.

Corri e ainda consegui filmar o finalzinho dela, tudo muito bonito e colorido e o melhor, consegui fotografar vários personagens locais com roupas típicas, etc.

Nosso horário de entrada era as 18:30hr para partir as 19:00hr mas, mesmo com a proscrição, chegamos as 18:15hr. e embarcamos sem problemas.

Nossa infelicidade foi termos pego um trem que está rodando a noite, então não vemos quase nada do lado externo, consigo ouvir o som do rio que corre do nosso lado e, nas curvas, como estamos num vagão no final do trem, consigo ver o que ele está iluminando, mas é pouco.

Amanhã voltaremos no meio da tarde, então conseguirei fotografar tudo.

Chegamos a Águas Calientes no horário e o guia estava nos aguardando para nos levar ao hotel.


Águas Calientes é uma cidade minúscula, parece muito com a cidade do filme Blade Runner ou Chuva Negra, ou seja, rua estreita, vários restaurantes com cobertura de telha até o meio da rua e, como estava chovendo, ficou bem cara dos filmes acima citados.

Subimos ladeira acima até nosso hotel que era simples mas muito bonito a ajeitado, o problema foi me colocar com o Guli no 3º andar e os Ronaldos no 4º, sem elevador, claro.

Deixamos as coisas e saímos para jantar, o assédio dos funcionários dos restaurantes é forte, e, depois de andarmos um pouco acabamos num onde o funcionário foi bem simpático.

Fiquei com muita vontade de comer o porquinho Cuy, mas achei muito caro e acabei com um peixinho básico.

Voltamos ao hotel e capotamos, pois hoje iríamos a um dos auges da viagem – MACHU PICCHU.






nossa recepção

 
vista do meu quarto
 
 
rio que divide a cidade de Águas Calientes


sim, chegamos

 
montanhas que cercam a cidade
 
 
nossos ticket's p a cidade sagrada
 



















sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

04 01 2013 Chegando em Cuzco...


3º Dia

Boa noite amigos (ou madrugada, sei lá)

Estamos em Cuzco (ou Cusco) e a palavra de ordem do dia foi ADRENALINA.
Nunca fiz tanta curva na minha vida, capaz de cair da cama se sonhar com isso.
Mas antes, acordamos e após o café da manhã e motos montadas partimos para a estrada, abastecemos num posto bem sem vergonha, o primeiro de vários outros.
Estrada, como ontem, linda, limpa e sem nenhum buraco, não demorou muito para encontrarmos garimpos à beira da estrada, são mini cidades, bem precário e sujo.
Não demorou para começarem as placas informando a possibilidade de desmoronamento de pedras, uma constante até aqui.
Fomos abordados por militares que, na verdade, só pediu documentos para o Guli (talvez por ser o único com cara de suspeito kkk),o milico que me abordou só perguntou de onde eu era e ainda tiramos fotos juntos.

A estrada era mais do que linda, era maravilhosa, serpenteando um grande rio bravo e com muitas pedras.
A quantidade de pontes é absurda, e me fez pensar como era antes delas serem construídas, devia ser duro cruzar o rio com carro, moto, etc.
Cruzamos também por centenas de pequenas vilas, todas muito parecidas e com muitas, muitas crianças.

E ai temos um ponto que merece destaque – AS CRIANÇAS – todas, sem exceção, são muito simpáticas e sorridentes, acenam enfim, uma graça.
Infelizmente pude constatar que esta alegria vai sumindo com a idade, os jovens são relativamente simpáticos e os idosos chatos para cacete, até mal educados.

Acho que é a dureza da vida que vai moldando-os, pois não vi alegria nos olhos dos idosos, pelo contrário, são pessoas sofridas, cansadas, judiadas.
É triste saber que aquela criança feliz da vida, em breve, será um velho sofrido ... mas é a vida ...
Voltando ao passeio, gastei a máquina tirando fotos e tenho certeza que não registrei tudo o que devia.
Curva vai, curva vem, e a altitude começou a aumentar, em questão de poucos quilômetros estávamos a 4 mil metros de altitude.
Por sugestão do Guto pegamos sachê de chá de coca e colocamos na boca, para evitar o mal da altitude (soroche).
Quando o GPS marcou 5 mil metros, eu estava morrendo, há ar, não há é oxigênio, não dá para explicar, descer e subir da moto gera um cansaço anormal.
Também passei a ter dor de cabeça, e o Ronaldinho (filho) chegou a vomitar.
Também estávamos sem comer e já estava tarde, paramos então no Distrito de Ocongate onde almoçamos no luxuoso restaurante “La Casa de Xiomara”.
Pensa numa boqueta, é lá, pedimos frango a milanesa, batata frita e arroz. O arroz era intragável, a batata comível e o frango tinha gosto de peixe, talvez porque a cozinheira/proprietária use o mesmo óleo e panela para os dois...
Mas nada como a fome, comemos, melhoramos e tome curva.
Antes de chegar a Cuzco passamos por várias barragens, pedras na estrada, trechos interditados onde só passava um veículo por vez, e curvas que pareciam rotatórias, o Guli (fazedor de curva que é uma beleza), chegou a raspar o baú lateral numa delas.
Depois de rodar o dia todo chegamos a Cuzco!
A entrada da cidade é horrível, bairros feios, carros para todos os lados, buzina, buzina e mais buzina, ô povo que gosta de buzinar, pqp.
Como o Ronaldinho só sabia que o hotel era perto da “Praça das Armas” no centro históricos, para lá rumamos.

Esta tal Praça das Armas é linda, com algumas igrejas ao redor e várias lojas.
Paramos as motos em frente à Catedral e chamamos a atenção dos transeuntes e turistas que tiravam mais fotos das motos do que das igrejas ao redor.
Depois de muito perguntar sobre o nosso hotel, pedi ajuda à “Policia do Turista” e um casal de policiais não só adivinharam o hotel que queríamos como nos escoltaram até ele.
Coisa fina!
O hotel é bem ajeitado e pertinho da tal praça.
Já acertamos e pagamos o passeio de amanhã e depois (Aguas Calientes e Machu Pichu), saímos para um passeio pela praça e agora estamos numa pizzaria aguardando uma pizza há 1 puta tempo (eu baixei as fotos, arrumei-as, e redigi todo este texto, e nada da redonda).
Depois é cama, porque estamos quebrados.
Mas amanhã tem mais.
Abraços.
Cezinha



Ah, esqueci de dizer ontem, o “alívio cômico” da viagem é o Guli que nos mantém rindo o tempo todo com tudo, notadamente seu espanhol macarrônico, por exemplo, ontem ao comprarmos o seguro ele perguntou ao cidadão se ele aceitava “cartón”, e ficou insistindo “cartón, cartón”.

Eu podia ter ajudado?? Sim, mas ai perderia a graça kkkkkk depois de muito gesto, etc., eu expliquei que cartão de crédito em espanhol é tarjeta e o cara disse que não aceitavam

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

03 01 2013 Partimosssssss vamos lá!!!!

Mais uma vez colo do Cezinha que é um escritor nato... dei umas vaciladas com o computador mas agora esta tudo bem de novo..


2º dia 

Estamos em Puerto Maldonado – Peru e tivemos outro dia daqueles.

Nosso anjo da guarda Guto resolveu vir conosco (quem é motociclista sabe a lombriga que dá quando encontramos outros passeando) e marcamos para sairmos hoje às 6:00 do hotel.

Ah, ontem a noite íamos comer peixe mas o local estava fechado então acabamos, como bons paulistanos, comendo pizza.

O Guto sugeriu a tal pizza de strogonoff e pedimos, depois comemos uma pizza de banana, na verdade 2, a primeira normal e a segunda com sorvete graças à insistência do Guli.

Preciso falar que esta mistureba não dá certo? Claro que não! Quase não deu tempo de chegar no hotel (que era no mesmo quarteirão) e as pizzas já queriam sair.

Iniciamos nossa primeira noite no Acre como Reis, no trono!

Enfim, passado o desarranjo capotamos como anjos (que somos) e dormimos direto.

No horário combinado estávamos prontos e aguardando o Guto que se atrasou pois tinha dado uma chifrada não sei onde e rachou (literalmente) a testa.

Saímos de Rio Branco sob uma intensa garoa que logo se tornaria uma chuva, e assim ficou boa parte da estrada.

Como havia previsto o Junqueira, estamos no período das chuvas aqui na Amazonia Peruana, então chove, e não é pouco.

Todo o trecho foi assim, sol, chuva, chuva para cacete, sol, etc.

Em Brasiléia saímos do Brasil e entramos na Bolívia, como previsto, só queríamos entrar, dar uma volta, e sair, pois todos não nos recomendaram a rodar por lá por conta de roubos, etc.

E assim fizemos, entramos em Cobija por uma ponte como qualquer outra, senão fosse as bandeiras nem perceberíamos que estávamos na Bolívia.
Veja a curiosidade, NINGUÉM usa capacete, pois é proibido!  O Guto nos orientou a mantermos os capacetes abertos para evitarmos problemas com a policia !!! é mole???

Tiramos umas poucas fotos e voltamos ao Brasil e na entrada da “Estrada do Pacífico” paramos para fotos e nos despedirmos do Guto que, com muita dor de cabeça, preferiu voltar dali mesmo.

Valeu Guto, você foi “o cara” e te devemos uma.

Pegamos então a “Estrada do Pacífico” e a rotina sol, chuva, chuva para cacete, sol.

A estrada está em relativo bom estado, todavia, do nada, aparecem bolsões de barro pois o asfalto sumiu, é estranho porque o negócio é bem cortadinho, vocês entenderão melhor vendo as fotos.

Não demorou muito e já estávamos na alfândega Brasil/Peru.

O Guto já havia nos orientado como proceder, então foi tudo muito fácil.

1º. Saímos oficialmente do Brasil;

2º. Entramos oficialmente no Peru (uns 2kms depois);

3º. Entramos as motos oficialmente no Peru.

E tem que ser nesta sequencia, senão dá problema.

Todo o trâmite não demorou mais do que uma hora, mas ficamos mais de 2 parados pois, pasmem, o Ex Governador do Acre e atual Senador pelo Estado JORGE VIANA veio pessoalmente se despedir e agradecer nossa visita, verdade, vejam as fotos abaixo.

O Senador, que eu já havia conhecido em Brasília noutra oportunidade, foi muito gente boa com todos nós.

Aproveitamos também para trocar reais por soles na proporção de R$ 1,00 para 1,10 soles.

Já no Peru pudemos constatar que a rodovia deles está em muito melhor estado do que o nosso, e os tais bolsões sumiram, o problema passou a ser a grande quantidade de animais na pista, de cachorro a vaca.

Finalizamos o dia cruzando a ponte recém inaugurada de Puerto Maldonado, onde estamos agora no Hotel Cabañas onde alugamos um quarto quádruplo por 250 soles.

Saímos pela cidade à procura do seguro Soat (U$ 35,00 por moto), uma espécie de DPVAT do Brasil.

Não pude deixar de reparar que aqui a zona é geral, só o piloto usa capacete (ou algo parecido), os demais passageiros (sim, plural) não precisa usar nada.

Tem moto com 4 até 5 pessoas, inclusive crianças recém nascidas, consegui uma foto (meio torta mas dá para ver) de uma criança dormindo no tanque e os pais numa boa, até parece nosso nordeste RS.

Bom, é isso, já falamos com nossas famílias, vamos procurar um bom “pollo com papas fritas” para jantar e depois dormir.

Amanhã é Cuzco!!!!

Obrigado por nos acompanhar e pelas mensagens.

Abraços.

Cezinha